sexta-feira, 27 de julho de 2012

Tá cheio! Pega esse ou espera o próximo?

Esses dias, enquanto no elevador de um shopping cheio de escadas em Botafogo, parei para refletir como algumas pessoas tendem a ficar sensíveis por estarem em ambientes fechados e cheios. Agoniados todos ficam, mas sempre tem alguém pra desabafar - e só desabafar mesmo, pois esperar um mais vazio ninguém quer.

Nessas situações é batata nos depararmos com alguns fatos...

No Metrô
O transporte mais rápido da cidade é também o mais prático na hora do rush: você não precisa nem caminhar para dentro do vagão quando o metrô para. A muvuca que está atrás de você já faz esse trabalho. Apenas segure sua bolsa ou mochila e veja como é locomover-se sem precisar movimentar as pernas!
Isso se você estiver na Central. Na hora do rush pela manhã, você simplesmente não entra numa estação antes da Central. Olha que maravilha.

Dos que conseguem pular para dentro, outra praticidade: Não perca tempo procurando algo para se segurar. Você não vai ter espaço nem para mexer o dedo mindinho, muito menos para cair quando o maquinista der aqueles trancos pelos quais ele vive pedindo desculpas. No metrô costuma ter também aquela mulher que mesmo sem poder se mexer, faz questão de reclamar de quem quer que esteja bloqueando o braço dela de se segurar no ferro. Tem também aquele desavisado que vai descer mas só deixa pra se preocupar em se aproximar da porta quando o metrô já chegou na estação. Aí ele vê que está do lado de cá do vagão mas o desembarque é pelas portas do lado de lá.

No Trem
Essa empresa investia em campanhas contra o empata-portas
Apesar da foto meramente ilustrativa da estação de Saracuruna, no trem não enche tanto quanto no metrô. Mas fede o triplo, principalmente pelo cheiro de borracha queimada que sobe de algum compartimento daqueles barulhentos embaixo do trem.
Você ainda consegue se segurar em algum lugar, mesmo em meio àqueles barbudos que fazem questão de ficar com o braço aberto, para que o cotovelo deles fique bem na sua cara. No trem, raramente os autofalantes estão funcionando, então dê um jeito de olhar para fora para não perder sua estação. A não ser que você esteja num desses trens novos com uma locutora americana tentando falar português: "Prôcsima estassáo Engenro de Dent Ro".
No trem sempre tem uma atração: quando não é o ambulante vendendo barbeador, sorvete, doces, cervejas, batedeira elétrica ou vassouras, tem alguns fanáticos berrando no seu ouvido às 7 da manhã falando que Cristo é a salvação. Tem gente que prefere se salvar descendo na primeira estação e pegando outro trem, onde provavelmente vão se deparar com o terceiro caso, que é o do trem com o pessoal ouvindo ou pagode de homem traído, ou música gospel em seus radinhos que à 2 metros de distância só da pra ouvir pxxxxsstichhh – nada contra estes dois gostos musicais, apenas quanto ao ato de deixar o som alto ligado em ambiente fechado, independente do ritmo da música ou do tom da voz.

No Ônibus
No ônibus é mais "tranquilo" porque não tem empurra-empurra como no metrô. Em compensação, se meia-dúzia de sem educação parar logo após a roleta, ninguém passa pro fundão do ônibus, e o espaço é muito mal aproveitado.

460 - Leblon. Fonte: movimentopoliticodebrasilia.blogspot.com

Aí é fácil ver aqueles que começam a cochilar justamente quando sobe um idoso, ou quando veem que alguém de mochila está chegando. Segurar mochila de quem está em pé, pra muita gente, é um terror! Talvez seja quase igual a ter que levantar para ceder o lugar. Aí você é obrigado a ficar segurando a sua mochila, e ainda ouvir comentários daquele coroa com jeitão de esclarecido falando sobre a falta de educação das pessoas que estão de mochila dentro de um ônibus lotados daquele. Aí a resposta dos quizumbeiros já é padrão: "não gostou, pega um táxi meu senhor!". No ônibus tem aquela mesma turma do trem que gosta de andar ouvindo seu radinho que só sai pxxxsitxttixss.
Deve ser porque eles precisam pegar a integração ônibus-trem para chegar onde moram. Tem gente também que gosta de reclamar com o motorista: se ele está devagar, mandam acelerar. E se ele acelera, ficam cochichando que os motoristas não recebem treinamento. Outra coisa feia e de extremo egoísmo são os que reclamam quando o motorista para no ponto quando o ônibus está cheio. Como se quem tivesse feito o sinal pudesse abrir mão daquele transporte, naquele momento.

Vou ficar devendo a situação das barcas. Se alguém de Nikiti ou alguém que trabalhe por lá queira dar seu depoimento, fique a vontade.

Já que não vou falar da barca, para compensar, vou falar do elevador. Que aliás foi o grande motivador desse texto.
Para alguns usuários de elevador, os que são do primeiro ou do segundo andar têm que se danar e descer de escada. Ora bolas, se o elevador para no primeiro e no segundo, por que o pobre do cara que já trabalhou o dia inteiro não pode utilizá-lo?
Tem também a galera que pega o elevador que sobe pra não correr o risco de quando ele voltar descendo, não encontrá-lo lotado. Senão a galera dos andares superiores já tomou todo o espaço quando o elevador passar descendo nos andares inferiores. O cara do último andar, todo prosa, não deve entender muito bem de onde surge tanta gente. Mas beleza, faz parte.
Outra coisa é o pessoal que entra no elevador e gosta de ficar na porta. E se você pede licença para entrar ela reclama de "que esse pessoal não tem educação, que veem que está cheio e entram assim mesmo". Aí você é obrigado a responder que infelizmente não lançaram elevadores individuais no condomínio.
No caso do shopping de Botafogo, eu entrei de mochila no último espaço vago, e o senhor atrás de mim na fila fez questão de entrar também, me empurrando, se dando o direito de empurrar minha mochila, chupar bala e depois ainda reclamar da pobre coitada da mochila, que, se não estivesse nas minhas costas, não estaria em lugar nenhum, pois não tinha mais espaço - a não ser que eu ficasse de braços estendidos para o alto como se ela fosse um troféu, ou, sei lá, o Simba.

Soluções!!
Um sistema de elevadores mais inteligente pode resolver este último caso. Separando os elevadores que vão para os andares superiores dos que vão aos inferiores.

No metrô, existe um esforço em algumas estações, onde fiscais ficam espalhados pela plataforma, posicionados na direção de abertura de cada porta, organizando e facilitando embarque e desembarque.

Nos trens eu não vejo muita coisa além dos vagões de exclusividade para mulheres, cheio de guardinhas pra expulsá-lo se você entrar indevidamente. Mês passado mesmo fui expulso de um às 08:56. Ele disse que eu teria de sair do vagão, pois ainda não eram 9h. De fato, ele está certo. Só não sei se essa história toda que motivou a implantação do vagão feminino é o que podemos chamar de “bom senso” (...)

No ônibus, muita gente cobra o motorista pra que ele cumpra com os limites de passageiros escritos naqueles papeizinhos estrelados pelo Bonequinho Viu: 40 e tantos sentados e 30 e poucos em pé. Mas se essa regra for cumprida na prática, muita gente acaba ficando literalmente na pista. Pois a quantidade de ônibus nas horas de rush ainda é insuficiente pra atender tanta demanda.

De qualquer forma, todas as soluções acima são paliativas. As definitivas (e ao meu ver prioritárias), na verdade, são "simples":

1) Melhor distribuição dos espaços urbanos: por que não movimentar empresas do Centro para as Zona Norte e Oeste (ignoremos a Barra)? A grande massa vem de lá, ou de depois de lá, e quem tem despesas com o transporte que tanto faz a população perder tempo é a própria empresa!)

2) Investimento em infraestrutura de trânsito e transporte público, sem deixar de atentar para a preservação do nosso cenário urbano.

2097: Linha Amarela sentido Barra às 6 da manhã de segunda-feira - Fonte: coletivoverde.com.br

E enquanto esse sonho não se realiza, o que você pensa sobre esses casos inusitados?

- O motorista de um ônibus já lotado deve parar nos pontos, ou deve ignorar os passageiros de bairros "de passagem"?
- Vagões femininos nos trens e no metrô é uma medida justa?
- Pegar o elevador que sobe pra garantir lugar na descida pode ser considerado falta de educação?
- E o cara do primeiro andar, te perturba muito quando você vem direto lá do 15º e tem que parar justamente no 1º para ele entrar?
- E o povo das barcas? Algum outro registro?

Por enquanto ficamos com isso mesmo! Fonte: blogdofavre.ig.com.br

Abraço!!

terça-feira, 3 de julho de 2012

Seedorf é do Fogão!

fonte: bfr.com.br


 Não é pelo fato de eu ser botafoguense - imagina! Mas pelo fato de o Botafogo do Guaraviton ter fechado com a maior contratação estrangeira do futebol brasileiro. Trazer Ronaldo, Adriano, Robinho e Ronaldinho não é fácil, mas estas transações são fichinhas quando comparadas à do craque naturalizado holandês, que já atuou no Ajax, Sampdoria, Real Madrid, Inter de Milão e Milan e tem nas costas uma coleção de títulos - dentre eles dois Mundiais de Clubes - e atuações vitoriosas pela seleção da Holanda.

Parece ontem que eu jogava meu Fifa 2001 e escolhia a Inter só pra fazer gols com ele. E parece ontem também que eu lia nos jornais promessas dos antigos presidentes - que não eram dentistas - gerando expectativas nos torcedores sobre contratações que nunca se concretizaram, de ídolos estrangeiros que nem me lembro mais o nome, nas décadas passadas.

Enquanto o argentino Herrera se despede para ir ao futebol dos Emirados Árabes, Seedorf chega para ganhar mensais 700 mil, sem contar os "bicos" que vão surgindo pra complementar sua modesta renda.
E, apesar dos seus 30 e muitos, não há argumento que prove que esta não é uma contratação de sucesso. Não importa se o cara já queria vir pro Rio ou se sua esposa é botafoguense de Realengo. Seedorf sai do gigante Milan e chega no Glorioso num momento providencial, quando a torcida já assumia sua descrença na tentativa de ídolo Maicosuel - apesar de ainda fazer questão de cantar regularmente nas arquibancadas que "ele voltou".
E mesmo que não jogue o bolão de sempre - o Loco nunca chegou a jogar tanto assim e ajuda, vai!? - Seedorf além de abrir portas para outros jogadores de qualidade, aumenta mais ainda a visibilidade do Botafogo no exterior e dá o Fatality nas empresas que subestimavam o clube, que o ignoravam mesmo sendo nos últimos anos o clube com a melhor estrutura do Rio e com as melhores campanhas de marketing e de espaços publicitários.

Fonte: ahram.org.eg


Não adiantou pseudo-jornalistas falarem que Seedorf ia pro Corinthians, ou que o coração dele era rubro-negro. Talvez esse "glamour" só faça mesmo o tipo de Ronaldinhos e Adrianos, pois Seedorf já chega no Fogão gerando receitas, aumentando consideravelmente o número de sócios-torcedores inscritos em apenas algumas horas após a confirmação da sua chegada, como anunciou a Rádio Botafogo.

Mesmo depois de algumas decepções e afirmações de que ficaria com o pé no chão esse ano, mais uma vez a torcida mais superticiosa do Brasil se anima e promete lotar o Engenhão no próximo sábado, justamente num dia 07/07, para receber o holandês antes do jogo contra o Bahia.
E, com todos os meus dos pés no chão: vamos destruir, vamos golear, vamos em breve tomar a liderança do Vasquin, e, além de consolidar a soberania do futebol carioca nos últimos anos, lutar pelo título de 2012 e ser o clube carioca que vai rir por último. Melhor ainda se for acompanhando os urubus indo pra divisão lá de baixo, que os aguarda ansiosamente.

Para complementar o tópico, sugiro uma leitura sobre o assunto no Blog Visitantes FC, que faz uma válida sugestão para o novo esquema tático do Fogão.

Então é no sétimo dia desta semana, sábado, dia 7, do mês 7, que mais uma conquista gloriosa vai lotar o Engenhão, mostrar para todo mundo quem é o clube com a cara do Rio e, quem sabe, dar abertura à uma nova fase de glórias! E se não der também, que se dane, sou Botafogo! Sigam-me os bons!

Curta otemizando

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Microsoft Surface é promessa, mesmo travando já na apresentação de lançamento

Podem falar o que for do Bill Gates e da empresa que fundou. É indiscutível o sucesso dos produtos da Microsoft. Um sistema operacional líder de longe há mais de uma década, os aplicativos de escritório que, por mais perfeitos que pareçam, sempre surpreendem a cada nova versão lançada, com novas funcionalidades e um show de usabilidade. Um vídeo game que desbancou Sega e Nintendo - quiçá Sony - num piscar de olhos, afinal hardware sempre foi com ela mesma: mouses, teclados e webcams imbatíveis.
E para aumentar essa família, chegou o Surface, o mais novo concorrente do iPad.

Microsoft Surface - fonte: microsoft.com/surface


Ok, tudo bem, tudo bem, nem tudo são rosas. Depois de tanto elogio não posso esquecer o calcanhar de aquiles da empresa de Redmond: seu navegador de internet. Mesmo vindo de bandeja para os bilhões de usuários do Windows, o Internet Explorer não resistiu ao carisma e à leveza de Firefox e Google Chrome.

E foi justamente esse calcanhar de aquiles que não deixou com que a apresentação de lançamento do Surface fosse perfeita. Já de cara, em menos de 3 minutos de palco, na primeira demonstração feita por Steven Sinofsky, o tablet trava ao abrir o Internet Explorer. Steven tenta disfarçar mas o tablet para de responder, e ele é obrigado a pegar um reserva para poder dar continuidade na apresentação. Que início frustrante. O navegador não seria mais acionado nos demais 45 minutos de apresentação.

Passado o imprevisto, a apresentação seguiu focando na usabilidade – e nisso a Microsoft é mestre. Mesmo com o misterioso Windows 8 despertando o interesse de todos, apenas alguns detalhes sobre o novo sistema operacional foram apresentados, fazendo com que o público mantivesse o foco no tablet, que, mesmo sem confirmações, está previsto para ser lançado no próximo semestre em duas versões: Surface RT e Surface Pro, ambos revertidos de magnésio, consequentemente muito leves e resistentes.

Dentre outros pontos altos, estão o Kickstand, suporte físico que já vem integrado ao tablet, e a caneta de alta precisão que permite o usuário fazer anotações, reconhecendo automaticamente o que deve e o que não deve ser considerado quando a mão encosta na tela, evitando que funcionalidades indesejadas sejam acionadas enquanto o usuário escreve.

Executivo da Microsoft apresenta caneta de alta precisão para Surface

Outro destaque foi o Touch Cover, o qual possui várias cores, conecta-se magneticamente ao tablet e inicialmente parece ter a simples função de proteger o tablet enquanto não está em uso. Mas a principal surpresa da apresentação está nele. Seu interior é um teclado QWERTY touch – como os de notebooks - permitindo uma melhor experiência de digitação em relação à tela, para tarefas mais maçantes. E, mesmo após o sábio marketing de Steve Jobs afirmando que um tablet com teclado físico era algo ultrapassado, temos de concordar que digitar longos textos na tela de vidro não é tão confortável assim – pelo menos não pra mim!

Surface - Touch Cover - fonte: microsoft.com/surface

Fisicamente, além de possuir entrada USB, o tablet é um pouco maior que o iPad - mas nada que atrapalhe: 10,2 polegadas cok 9,3 milímetros de espessura para o RT e 13,5 para o Pro.

O objetivo da Microsoft já está mais do que claro: aproveitar o sucesso do Windows nos PCs e transformá-lo num sistema multiplataforma, para tentar desbancar Samsung (Galaxy) e Apple (iPad), e de quebra fazer frente ao Android (Google) e ao iOS (Apple), antes que estes acabem tomando espaço do Windows no PC.

E a Microsoft não está sozinha na luta para desbancar a Apple e seu iPad. Em breve o Google deve anunciar o Nexus 7, mais um tablet que já vem gerando grande expectativa. Aguardemos!

E você? Por quanto tempo acha que irá sobreviver sem um tablet?
Ou se já tem, qual desses em sua opinião dominará o mercado nos próximos anos?

domingo, 24 de junho de 2012

Você sabe qual o papel de um vereador?

Depois de muito tempo sem atualizar aqui, dou uma pausa nos cargos de TI e reforço a forte característica de variedades do blog, estreiando um novo pilar sobre política. Preparei esse primeiro artigo com base em leituras que fiz recentemente, e pretendo iniciar mais essa série que visa passar uma visão geral também sobre os principais cargos políticos, a começar pelo vereador.
Não sou especialista, e por isso mesmo convido a todos para comentar e agregar sobre esse assunto que deveria vir do nosso ensino básico desde cedo!


Eleição: O vereador pode ser reeleito ilimitadamente, de 4 em 4 anos.

O que faz um vereador? 
O vereador tem o papel de elaborar e defender propostas em prol do município e aprovar projetos de leis (função do poder legislativo), que posteriormente podem ou não ser sancionadas pelo prefeito (poder executivo). Compõe comissões, sendo elas Permanentes ou Temporárias, para discutir questões de interesse do município.


Tem o dever de ser independente ao executivo, ou seja, obrigação de fiscalizar o prefeito. Possui também o papel de fazer a intermediação entre população e o governo, recebendo os eleitores em seus gabinetes, ouvindo reivindicações, críticas e sugestões.


Quantos vereadores o Brasil possui?
O Brasil possui em torno de 59000 vereadores. O número de vereadores por município varia de acordo com o número de habitantes do mesmo. Um pequeno município pode possuir em torno de 10 vereadores. Enquanto o Rio, por exemplo, possui 51.


Quanto ganha um vereador?
Um vereador recebe um percentual em cima dos subsídios destinados aos deputados estaduais, que varia de acordo com a quantidade de habitantes do município. Em grandes municípios, um vereador pode ganhar em torno de 70% do que ganha um deputado estadual. Nesse caso, um valor aproximado de R$14000,00, sem contar benefícios.

Como o município gera receita$?
As principais fontes de receitas do município são o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e o ISS (Imposto Sobre Serviços). O primeiro é cobrado de proprietários de imóveis, e o valor varia conforme a localização e o tamanho do imóvel.  No Rio, um apartamento padrão, localizado em uma região de classe média, possui um valor mensal em torno de R$ 15,00.
Quanto ao ISS, é pago por qualquer empresa que preste serviço à sociedade, como dentistas e advogados, por exemplo.
Parte do IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores) também é destinado ao município o qual o veículo está registrado. A outra parte vai para o estado.

Como um vereador pode se tornar corrupto?
Já que possui influência direta sobre o orçamento do município, com o dever de aprovar projetos e fiscalizar o prefeito, um vereador pode aprovar projetos em benefício próprio, ou em benefício de empresas que, além de financiar suas campanhas, podem lhes repassar dinheiro público.
Ilustrando, é praticar negociata com uma empresa de segurança para apoiar um evento como o Carnaval, por exemplo: a empresa, em acordo com o político, ao invés de cobrar R$70.000,00, cobra R$80.000,00. A prefeitura burla a licitação, e o valor superfaturado de R$10.000,00 volta para as mãos dos envolvidos no esquema, para uso pessoal.

Onde encontrá-los?
Na Câmara Municipal. A do Rio é localizada na Praça Floriano, na Cinelândia.


Leia mais! Fontes:

No próximo artigo dessa série, será passada uma visão gerado sobre o Deputado Estadual. Por enquanto, deixe seus comentários!

sexta-feira, 1 de junho de 2012

A distância entre o Samba e o Pagode

Não, não vou falar de aspectos técnicos, como fazem os especialistas – ou metidos a especialistas – da música, e dizer que em um tem esse som e no outro tem aquele instrumento. E que nesse o tom de voz é assim e que naquele outro o ritmo é diferente. O que vou falar é do resultado, da consequência, do impacto, do significado(!) que cada um tem pra mim - e pra mais alguns.

A diferença entre o pagode e o samba é simples de se notar. Tá no olhar de quem ouve.

O pagode é chorado, sentido, e nos seus shows as moças levantam as mãos para o alto e começam a cantar, pensando em alguma pessoa de algum lugar do planeta, enquanto as lágrimas começam a rolar.
O samba é a alegria, é extravasado, e nos seus shows o sorriso é mandatório e contagiante. As moças dançam mais rápido, mais contentes e suas letras falam das coisas boas e dos fatos engraçados da vida! Ou nem me arrisco a comparar letras. O samba também pode falar de amor, de emoção, mas sua ginga é empolgante, é alegre, é irônica, sem desabafo, sem queixa, sem dor! O surdo ecoa mais rápido, seja nas torcidas organizadas, nas feijoadas de escolas de samba, seja nos sambódromos, nos shows da Beth Carvalho ou do Zeca - ironicamente - Pagodinho. E assim como o Botafogo deles, o samba não é moda. O samba é cultura. É tradição. Não precisa ser o mais pedido ou o mais popular.

Lugar de Samba
Pedra do Sal - Fonte: Rio com Ela - www.riocomela.com.br

Tá. Não sou nenhum sambista e muito menos um conhecedor da música brasileira. Mas já dizia Dorival Caymmi: Quem não gosta de samba bom sujeito não é. É ruim da cabeça ou doente do pé.


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Cargos de TI: O Desenvolvedor



Na última postagem dessa categoria, falei um pouco sobre o real analista de sistemas, o cargo mais popular da área e que muitas vezes é utilizado para intitular profissionais que na prática acabam desempenhando outras funções. Entre estes os desenvolvedores...

...Ou programadores. Talvez o grupo que possua os profissionais mais fanáticos pelo que fazem no mercado de tecnologia. Há até alguns que digam que quem não desenvolve não trabalha com tecnologia.
Mas o que um desenvolvedor faz, afinal de contas? Esse talvez seja o tópico mais arriscado de se redigir, pois sempre falta algo a dizer e corro o risco de ser acusado de estar diminuindo a classe. Os desenvolvedores são unidos! O que não falta são fóruns e comunidades com discussões e troca de conhecimento sobre as tendências dessa área que para muitos chega a ser um estilo de vida. Portanto, quem quiser ter um entendimento mais técnico e mais aprofundado, pode contar com a ajuda do nosso amigo Google, que eu vou apenas passar uma visão geral para aqueles que não têm ainda muita ideia de como eles botam a mão na massa e fazem esse mundão todo virtual girar!

Todos os programas (softwares) que utilizamos, sejam softwares corporativos mais robustos como o SAP, até os mais simples de automação de um caixa, passando pelos sites que acessamos na internet, como esse blog aqui, funcionam como resultado de um conjunto de códigos, ou seja, comandos organizados de maneira lógica que são capazes de informatizar qualquer tipo de operação. Usando uma operação simples para ilustrar, vamos pensar num cadastro em algum site, por exemplo:

Programa cadastro do site do zé
Variáveis nome, endereço, telefone.
Imprima “Digite seu nome:”;
Leia nome;
Imprima “Digite seu enderço:”;
Leia endereço;
Imprima “Digite seu telefone:”;
Leia telefone;
Fim.

A partir desta sequência de comandos já podemos observar coisas simples (mesmo que eles não sejam exatamente com esses nomes em português). O que está em negrito representa um comando já entendido pelo computador, que irá executar ações já pré-configuradas. No caso do imprima ele entenderá que tudo o que está entre aspas deverá ser exibido na tela para o usuário. Outro ponto que podemos notar já de cara, é que cada comando é separado por um ponto e vírgula. Ou seja, o programa só irá exibir na tela “Digite seu endereço”, depois que executar o comando “Leia nome”. O comando leia, por sua vez, indica ao computador que ele deverá guardar um valor, que poderá ser utilizado e modificado posteriormente. Isso funciona graças às variáveis, que funcionam como “caixinhas” que guardam valores de diversos tipos, sejam eles números inteiros, decimais, letras ou datas.

O exemplo de programação que vimos é chamada de programação estruturada, que roda justamente de maneira sequencial, ou seja, uma linha após a outra. O tipo de programação mais utilizada no mercado é a programação orientada à objetos, por diversas qualidades que a fazem superar a programação estruturada, como maior facilidade na manutenção do código e reutilização de comandos e comportamentos para várias partes do sistema - afinal um sistema comercial possui milhares de linhas de códigos, e não só nove como no exemplo.
E como esses códigos são interpretados? Os códigos são implementados em IDE’s, que são outros programas que funcionam como ambientes específicos para desenvolvimento, facilitando o trabalho dos desenvolvedores. As IDE’s verificam se o código está correto e traduzem os comandos de forma que o computador processe as informações adequadamente.

Olhando de uma visão mais macro, o desenvolvedor vai fazer com que o sistema funcione e manipule as informações que serão inseridas nele de maneira correta, por meio de comandos organizados de maneira lógica. O trabalho dele dá continuidade ao trabalho do analista de sistemas (ou analista de negócios, que falaremos mais a frente), que já levantou todas as necessidades do cliente e as especificou de forma apropriada para facilitar o entendimento de quem vai desenvolver. Para fazer um comparativo, o analista de sistemas entende da tecnologia, mas foca em entender o cenário do cliente e traduzi-lo de maneira mais técnica para o desenvolvedor, enquanto este foca nas questões técnicas de desenvolvimento, tendo o papel de escrever um código limpo, de fácil entendimento para outros desenvolvedores que venham realizar manutenção naquele código, entre outras boas práticas.

Existem diversas linguagens (conjunto de comandos) conhecidas no mercado de software utilizadas para desenvolvimento, como Java (da Oracle) e ASP (da Microsoft). Uma área que tem crescido bastante ultimamente é o de desenvolvimento para dispositivos móveis, devido a consolidação do Android (da Google) e do iOS (da Apple) como os principais sistemas operacionais do mercado.
Os sites de todas essas tecnologias possuem um vasto conteúdo e fóruns de discussão para iniciantes que desejam ingressar de vez na área de desenvolvimento. Há ainda diversas comunidades de código aberto, onde sistemas são desenvolvidos de maneira colaborativa por qualquer pessoa no mundo! O navegador Firefox, da Fundação Mozilla, é um exemplo de sistema que possui diversas versões e com possibilidade de desenvolvimento em código aberto para a comunidade de software - um dos fatores que contribuem para que ele seja grátis!

As certificações mais cotadas da área são as que reconhecem o profissional pelo conhecimento das próprias linguagens, como por exemplo a OCJP (Oracle Certified Java Professional) que certifica desenvolvedores especialistas na linguagem Java, e também as que reconhecem o profissional pelas habilidades com metodologias de gerenciamento de projetos de desenvolvimento de software, como a CSM (Certified Scrum Master) que certifica desenvolvedores especialistas em Scrum, um conjunto de boas práticas para gestão de projetos voltados para desenvolvimento de sistemas.

Por ser o cara que “põe a mão na massa” e “faz a coisa acontecer”, o desenvolvedor foi um dos primeiros profissionais que surgiu no mercado de tecnologia, e até hoje é um cargo bem remunerado. No entanto com a evolução da TI e a maior necessidade de entrosamento com as áreas de negócio, outras profissões foram surgindo, e o desenvolvedor por ser um profissional muito especializado, acaba tendo isso como um limitador para continuar a crescer nas áreas. A bagagem e experiência que só eles têm são um prato cheio para virarem excelentes gestores, pois entendem cada detalhe da técnica. No entanto o mercado ainda carece dessa versatilidade num profissional: justamente por realizarem tarefas muito técnicas, poucos possuem perfil para gestão e liderança.

Muitos profissionais da área afirmam que ter experiência como desenvolvedor é algo mandatório para crescer no mercado de TI. Apesar de eu considerar que faz sim uma grande diferença, sugiro aos que não gostam de desenvolvimento que sigam em frente mesmo assim e não desistam da faculdade – há uma grande evasão nas faculdades de tecnologia por conta das disciplinas de desenvolvimento de software. É possível trilhar uma boa carreira na área de tecnologia sem precisar atuar com desenvolvimento. Mas é preciso ter em mente que desenvolvimento é algo essencial, e de alguma forma você terá que conviver com essa área e ter o mínimo de conhecimento sobre ela.

Na próxima postagem dessa sequência, falaremos um pouco sobre as atribuições do Analista de Teste. Profissional que talvez seja o que mais interaja com o Desenvolvedor.

Comente e exponha sua opinião sobre o assunto e sobre o ponto de vista relatado! Um abraço.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Apaixonante TV Globo!


Tudo bem que antes de passar por lá eu já tinha grande identificação pela marca e muita admiração pelas suas produções. Mas temos de admitir que muitos dos que a criticam também a admiram. E se não admiram, é porque provavelmente não a conhecem. Eu conheci um pouquinho desse mundo, e me despedi essa semana... dias depois da comemoração dos seus 47 anos.

O texto a seguir expressa opinião e ponto de vista pessoal, que podem variar de acordo com as experiências vívidas por cada colaborador, e não necessariamente refletem as estratégias ou a posição oficial da empresa perante a sociedade e seu público interno.

Para uns “Rede Globo” e para outros “TV Globo”. No fim dá tudo no mesmo, mas para quem está lá dentro é básico entender que TV Globo é a empresa com sedes no Rio, São Paulo, Minas, Brasília e Nordeste. E Rede Globo é o canal de programação nacional exibido tanto pelas emissoras da TV Globo quanto pelas suas afiliadas. É isso mesmo, Arnaldo?
Globo.com, Editora Globo, Rádio Globo, Globosat (GNT, Viva, Multishow, etc), Som Livre e Infoglobo (Extra, O Globo e Expresso) já são empresas abaixo do mesmo guarda-chuva, a holding Organizações Globo, mas estão hierarquicamente na mesma esfera que a TV, que é o carro-chefe. E agora, Arnaldo?

As áreas da TV são formadas por uma sopa de letras, denominadas formalmente como centrais. Dentre as mais conhecidas, as áreas de entretenimento (CGP - Central Globo de Produção), onde são produzidas as novelas e grande parte do conteúdo de entretenimento, esportes (CGESP), responsável por adquirir os direitos de transmissão dos eventos esportivos, jornalismo (CGJ), responsável pelo G1 e pelas diversas editorias do jornalismo, e comunicação (CGCOM), responsável por representar oficialmente a empresa perante a sociedade, e também responsável pelas ações tanto sociais - como o Criança Esperança e o Ação Global – quanto promocionais - como criação de vinhetas e chamadas de programas.

Pra quem chega, é normal se encantar logo na primeira semana quando ocorre a ambientação.
Seja no Jardim Botânico, nos estúdios de jornalismo ou nas outras dezenas de localidades – reza uma lenda que no Jardim Botânico há mais funcionários da TV Globo do que moradores... (e vêm mais alguns prédios por aí!);
Seja em Curicica, no Projac (assim chamada até hoje a CGP desde o tempo de sua concepção) e seus carrinhos “de golf” para perambular pelas dezenas de ruas e vielas, acessar as cidades cenográficas, praças de alimentação, agências bancárias, árvores que só ali são encontradas, a fábrica de cenários, estúdios, e estoque de figurinos que mais parece essas lojas de departamentos, impecavelmente organizado por ordem cronológica e sinalizado com a tradicional Globoface, presente desde as aberturas de novelas até as plaquinhas de “Ao sair apague a luz” nas salas. Salas estas que por menor que sejam, possuem uma televisão ligada.

 
Há quem se encante tanto com esse mundo ‘mágico’, que acaba se frustrando ao entrar na rotina de trabalho de uma empresa que no final das contas é igual às outras: não é possível participar de toda a diversidade formada por engenheiros, cabeleireiros, atores, câmeras, designers, camareiros, motoristas, repórteres e... sei lá!!! Nutricionistas, ex-atletas e gente de tudo quanto é área que se possa imaginar.

Há quem reclame de como alguns dos processos administrativos são conduzidos, esquecendo que, independente de qualquer dificuldade, autonomia e recursos para um bom trabalho não faltam, o todo funciona, e o produto final é infinitamente superior ao da concorrência. O Brasil é um dos poucos países onde um único canal é líder de audiência numa faixa de horário em todos os dias da semana. Isso graças, por exemplo, aos capítulos contínuos das novelas, que retratam parte da nossa cultura - seja isso bom ou ruim, é um dos negócios mais bem sucedidos da nossa indústria.

E há também quem enxergue determinados desafios como uma grande fonte de oportunidades. A vantagem está justamente em praticar o que a empresa faz de melhor: a comunicação. A necessidade de falar e se aproximar de pessoas, trocar idéias em busca de resultados e aproveitar a autonomia que existe em função disso para, quem sabe, criar novas soluções numa empresa que investe pesado em inovação e busca continuamente aperfeiçoar ainda mais sua estrutura e seus processos – mesmo que as vezes de forma -estrategicamente- lenta.

Outro ponto a ser destacado é o forte endomarketing. Nesses 16 meses, quantos filmes assisti e quantos eventos pude participar graças às promoções culturais do Espaço Globo, que aproxima e cativa ainda mais o funcionário.

O que eu posso dizer é que essa cultura tão diferenciada me deu uma excelente base profissional, no meio de estrelas que agem com naturalidade e simplicidade, e pessoas normais que agem como se fossem estrelas ou modelos desfilando pelas calçadas do Jardim Botânico com seu crachá com o globo dos anos 90 pendurado no pescoço.
A adaptação nos seis primeiros meses foi difícil, mas o aprendizado foi imenso. E para os que vão estar por lá nesses próximos anos, muita coisa por vir, com inauguração de novos espaços, transmissão mundial de Copa do Mundo e os 50 anos da TV. Gostaria de encarar ou no mínimo presenciar os desafios que surgirão. Mas infelizmente não pude deixar de abraçar as oportunidades que apareceram pra mim.
É uma empresa que sem dúvida recomendo a profissionais de todas as áreas. Afinal estamos falando de uma empresa de comunicação social, tecnologia, broadcasting, jornalismo, entretenimento, cinema e qualquer outra coisa que você queira atribuir, ela pode ser associada de alguma forma.

Então aqui fica o meu tchau com um friozinho no peito. Sentirei saudades! E espero estar de volta em algum momento...

CGIAP (Central Globo de Informática, Administração e Patrimônio) - Divisão de Sistemas

sábado, 28 de abril de 2012

Cargos de TI: O Analista de Sistemas


Na postagem anterior passei um pouco da minha visão sobre as atribuições do Analista de Suporte, e agora chegou a vez de falar do cargo que é o mais utilizado de forma errônea no mercado: o Analista de Sistemas.

Muitos profissionais - que apesar de serem sim analistas – recebem essa nomenclatura mas executam tarefas que muitas vezes passam longe da atribuição real de um Analista de Sistemas.  E isso se dá pelo fato de não existir um curso de graduação em “Análise de Suporte” ou “Análise de Processos”, por exemplo, que são áreas de atuação específicas mas que recebem muitos profissionais do curso de Análise de Sistemas.

O Analista de Sistemas, teoricamente, é o profissional que estará envolvido em projetos de desenvolvimento ou manutenção de sistemas, mas não necessariamente irá programar, ou seja, manipular diretamente os códigos-fontes que fazem um sistema 'rodar'. Essa é a atribuição do Desenvolvedor (ou Analista Desenvolvedor), cargo que será abordado em outra postagem. O Analista de Sistemas, no entanto, talvez seja o profissional que tenha mais interação com o Desenvolvedor (programador), pois é ele quem projeta o sistema, ao mesmo tempo que tem uma visão mais próxima à do usuário. Antes de um sistema começar a ser codificado, ou seja, construído, muitas informações são levantadas, no intuito de garantir que as necessidades do cliente vão ser atendidas, e de que os riscos (de erros ou da construção de um sistema pouco aderente) durante o projeto sejam minimizados.

Cabe ao Analista de Sistemas analisar os requisitos funcionais e não funcionais, ou seja, requisitos de funções que o sistema deverá ter, e requisitos de qualidade: performance do sistema, facilidade em seu uso (usabilidade!), proteção das informações, etc. Com essa frente junto ao usuário – ou ao Analista de Negócios, outro cargo que veremos mais para frente – o Analista de Sistemas deve interpretar de forma correta a necessidade do usuário, e mais importante, deve ter a capacidade de entender se o que o usuário está solicitando é coerente: praticamente todos os usuários não conseguem expressar tudo o que desejam, e quase sempre descrevem suas necessidades de maneira “traiçoeira”, pois, por já terem uma visão voltada para o negócio, não conseguem ter uma visão mais sistêmica para explicar o que realmente precisam.
Esses requisitos são coletados de diversas maneiras: por meio de questionários, por meio de estórias de usuários (uma tarefa dentro do processo de trabalho do usuário do sistema a ser construído), ou mesmo acompanhando o dia a dia do usuário, vendo de perto como o processo de trabalho dele é conduzido, ou seja, levantando o que chamamos de “as is”.

Além dos requisitos, que é a língua do usuário, o Analista de Sistemas desenha (modela) diagramas que facilitam o entendimento de quem vai desenvolver o sistema e focar na parte técnica: códigos, configurações, testes e lógica de programação. Alguns desses diagramas são:

Caso de Uso - onde são definidos todos os perfis de usuários e o papel de cada um dentro do sistema. Exemplo: Num sistema de hospital podem existir dois perfis: secretária e médico, onde a secretária vai agendar os pacientes para os médicos e os médicos por sua vez registrar o diagnóstico de cada paciente.

Diagrama de Classes – onde são definidos os conceitos do negócio e a relação entre eles. Exemplo: O sistema deverá guardar dados de Usuários, que podem ser médicos ou secretárias; deverá guardar dados do paciente, que só será vinculado a um médico após a geração de uma Ficha de Atendimento, que deverá conter informações pré-definidas de diagnóstico e assim por diante.

Diagrama de Atividades – onde são definidos fluxos de atividades (interações) a serem realizadas no sistema. Exemplo: Secretária agenda paciente para Médico (a), que gera Ficha de Atendimento (b) com determinado diagnóstico (c) e finaliza consulta (d) com a opção de imprimir uma receita (e).

Entre outros como Diagrama de Implantação, Diagrama de Fluxo de Dados, Diagrama de Componentes, etc.

O padrão mais difundido para modelagem desses diagramas é a UML (Unified Modeling Language), que possui duas categorias mais genéricas de diagramas: Os comportamentais e os Estruturais. Uma das ferramentas freeware (grátis!) mais conhecidas para modelagem em UML é o Astah Community, que possui interface amigável e ótima usabilidade.
A UML é definida pela OMG, que oferece certificações na área em três níveis: fundamental, intermediate e advanced.

Bom pessoal, procurei descrever de forma mais ilustrativa e abrangente as reais atribuições de um Analista de Sistemas, com uma abordagem diferente do que estamos já acostumados a ler em Wikipedias da vida. Essa é uma visão que eu tenho da atualidade, que pode continuar sofrendo alterações afinal TI é um mercado que sofre constantes mudanças. Pelo que leio, muitas das atribuições acima são conduzidas em várias situações pelos próprios Desenvolvedores; consequência da difusão de novas práticas, padrões de projetos e metodologias adotadas no mercado.

Quem for da área deixe sua opinião, e quem não for aponte no caso de algo não ter ficado claro!

Mais pra frente falarei um pouco dos seguintes cargos: Desenvolvedor, Analista de Teste, Analista de Implantação, Analista de Banco de Dados (DBA), Analista de Negócios, Analista de Projetos, Analista de Processos, Analista de Arquitetura de TI e Auditor de Sistemas.

Um abraço!

domingo, 15 de abril de 2012

Cargos de TI: O Analista de Suporte

Dando continuidade aos tópicos sobre informática/TI – onde inicialmente foi passada uma visão sobre os cursos da área – para quem ainda está querendo se encontrar nesse mundo, inicio aqui uma coletânea de postagens com uma visão geral sobre os principais cargos da área de tecnologia e certificações para as suas diversas áreas de conhecimento. 
Cada cargo possui suas atribuições e peculiaridades, no entanto qualquer curso de tecnologia abre portas para todas as áreas de atuação, basta você se interessar e manter o foco nos estudos direcionados. 

Inicialmente, são abordados nessa coletânea os seguintes cargos: Analista de Suporte, Analista de Sistemas, Desenvolvedor, Analista de Teste, Analista de Implantação, Analista de Banco de Dados (DBA), Analista de Negócios, Analista de Projetos, Analista de Processos, Analista de Arquitetura de TI e Auditor de Sistemas.

Comecemos com o Analista de Suporte!

Esse profissional é o que vai estar sempre em contato com os problemas e dúvidas dos usuários ou com as mudanças realizadas no ambiente de TI. Conforme a idéia já passada no tópico sobre help-desk, ele geralmente começa atuando no primeiro nível, ou seja, atendendo todos os relatos dos usuários, resolvendo problemas mais conhecidos por telefone, ou registrando e direcionando os mais complexos para um profissional do próximo nível.

O analista de segundo nível é o que vai até o local, caso haja necessidade, para resolver problemas de complexidade intermediária ou problemas físicos, ou seja, relacionados ao hardware.

Quando o analista de segundo nível não consegue resolver o problema, ele encaminha todas as informações já levantadas para alguém da equipe de terceiro nível, compostas por profissionais especializados em diferentes competências: redes, sistemas operacionais, softwares ou hardware. O analista de suporte de terceiro nível pode atuar também em áreas mais voltadas para infraestrutura de redes, servidores, etc.

Problema do usuário resolvido, o primeiro nível é acionado para dar um retorno ao usuário e registrar um feedback sobre o atendimento. Perceba que o terceiro nível geralmente não faz contato direto com o usuário. Ele se concentra majoritariamente nos problemas já levantados pelos níveis anteriores. No caso de o problema ainda assim não ser resolvido, o mesmo já e enviado para outra esfera: os desenvolvedores do produto/serviço em questão (cargo que falaremos em outra postagem).

Apesar de ser um instrumento que pode ser utilizado em qualquer tipo de trabalho, o analista de suporte trabalha a todo o momento atualizando e consultando uma base de conhecimento (knowledge base), onde registra causas-raíz, ações, prevenções, investigações e soluções para problemas de diversas classes (rede, hardware, software, por exemplo), fazendo com que essa informação seja disseminada entre toda a equipe, independente do nível. Isso evita reincidências e agiliza o atendimento de um problema que, por mais complexo que seja, já possui sua solução conhecida.

Existem diversas certificações para o profissional que deseja ganhar visibilidade no mercado de suporte. O ITIL (Information Technology Infrastructure Library), por exemplo, é uma das principais certificações do mercado de tecnologia, e define as melhores práticas e processos para gestão, operação, manutenção e infraestrutura no ambiente de TI. A certificação possui 3 níveis: Foundation, Intermediate, Expert e Master.
As certificações costumam se adaptar às mudanças do mercado, e o ITIL por exemplo, está na sua 3ª versão. Portanto o profissional que consegue um certificado v3, é considerado mais atualizado que um profissional v2.

Outras certificações para a área de suporte são as da Microsoft, como a MCTS, MCITP e MCDST, detalhadas nesta página da empresa.

A área de Redes também possui boas certificações como CCNA, CCNP e CCIE (Cisco Certified Network Associate, Professional e InternetWork Expert, respectivamente) da gigante Cisco.

Estas certificações são muito valiosas e por outro lado são boas estratégias de empresas que já dominam o mercado, para fidelizar ainda mais seus profissionais. Assim eles se especializam e ganham status em cima da própria empresa. No final das contas, além de pagar para obter a certificação, ele vai promovê-la ainda mais, afinal foi a especialidade dela que o profissional desenvolveu.

É isso. Recordo que quando entrei na faculdade alguns professores menosprezavam a profissão de analista de suporte, infelizmente. Pois o que eu tenho visto é que é um profissional que, se especializando na área, pode sim ganhar excelentes salários, principalmente se trabalhar com infraestrutura.

Na próxima postagem será mostrado um pouco sobre o Analista de Sistemas, que apesar de ser o termo mais utilizado pelo mercado - muitas vezes de maneira errônea - possui atribuições específicas e que o diferenciam muito dos outros profissionais de tecnologia que muitas vezes são classificados como do mesmo cargo.

Comentem e acrescentem mais informações!

sábado, 31 de março de 2012

Chico se foi, mas Bozó continua imperando

Para quem não conhece, Bozó foi um de centenas de personagens criados por Chico Anysio, que fazia questão de mostrar seu crachá de funcionário da Globo e achava que, por isso, era importante e poderia passar por cima dos outros mortais.
Não sei se a intenção foi essa, mas Chico, reafirmando o objetivo do humor perante a sociedade, bolou uma das críticas mais pertinentes que já pude admirar, e que ainda assim era positivo para a imagem da própria TV Globo.

Em um dos poucos episódios que pude assistir (e se alguém encontrar o vídeo peço que compartilhe pois vagamente me recordo), Bozó estava na Escolinha do Prof. Raimundo quando foi questionado pelo professor sobre algo que não era de seu conhecimento. Bozó replicou e se negou a responder, se desfazendo daquilo. Afinal ele trabalhava na Globo. E como já era esperado, seu ouvinte achou aquilo sensacional e começou a indagá-lo:

Bozó trabalha na Globo!
- O que você faz lá?!!?
- Trabalho na Ana Maria Braga.
- Legal, você é diretor dela?
- Não.
- Hum.... você é a Ana Maria Braga?!
- Não, eu fico do lado dela...
- Você é o Louro José?!!
- Não... quase isso!
- Você é o rapaz que faz a voz do Louro José?!?
- Não... eu sou o que troca o jornal quando o Louro faz suas necessidades...



Esse episódio retrata de forma brilhante o ar superior inspirado por milhares de funcionários (não só na Globo, mas várias empresas de ponta como Vale, Petrobrás, EBX) de cargos, digamos, populares, como se fossem grandes executivos ou estrelas. Não que estes possam, de fato, agir com soberba, mas na cabeça dos Bozós, eles devem ser assim.
E, pelo contrário, o que acaba-se vendo pelos corredores dessas empresas são gerentes, diretores e artistas que olham no olho, cumprimentam e agem com cordialidade, enquanto funcionários de cargos hierarquicamente inferiores, andam com suas camisas quadriculadas da Tommy Hilfiger, crachás no peito e narizes apontando para o teto com poses de estrela. Há ainda o tal hábito da avaliação do crachá, no qual desdenham dos que tem crachás de outras cores, como na Petrobrás onde os prestadores de serviços possuem crachás marrons, e na Globo, onde estes possuem crachás na cor branca.

Como reforcei, esse senso de pertencimento deturpado - causado involuntariamente por corporações de sucesso - talvez seja mais comum na Globo justamente pelo impacto que a marca Globo causa na maioria das pessoas, até mesmo nas que a criticam, e a repercussão que suas produções geram.
Mas em todas as grandes organizações é possível encontrar gente com tal comportamento, que andam pelas ruas e sobem nos ônibus com seus impecáveis crachazinhos no peito e suas cordinhas comerciais que estampam o nome das empresas de que tanto se orgulham em trabalhar. Moradores do Jardim Botânico e amigos de 460 ou 439 que o digam.

Compartilhar com amigos e família o prazer de fazer parte de uma grande organização, ter para si o crachá como medalha de uma grande conquista, ter empolgação com a empresa onde se trabalha e vestir a camisa é totalmente positivo - confesso que eu também faço. Mas agir como se fosse "A Empresa", ou como se isso o tornasse superior a alguém ou até mesmo a outros funcionários, é totalmente baixo. É trocar caráter e profissionalismo por status e falta de ética com a própria empresa.
O orgulho de se trabalhar numa grande corporação e a identidade que um funcionário possa vir a ter com a empresa requer controle, e é necessário que ele tenha cuidado consigo mesmo para não se tornar mais um Bozó, e acabar ficando até a sua aposentadoria como um, trocando jornais de baixo do Louro José.

Quem quiser ir mais a fundo, pode dar uma conferida nessa matéria que achei enquanto digitava esse post, do Globo, feita há pouco mais de um mês:


Abraço e comente sobre o que acha a respeito!

terça-feira, 20 de março de 2012

Comparativo entre os cursos de tecnologia

Em complemento à postagem anterior, onde fiz um rápido comparativo entre os cursos de graduação mais comuns na área de tecnologia, esbocei duas ilustrações com comparativos entre cada um desses cursos, dando uma noção de como cada um deles é conduzido pelas instituições acadêmicas. Não se pode afirmar com precisão se todos seguem essa regra, mas a realidade é mais ou menos a apresentada.


Na primeira figura, quanto mais comprida a ilustração, mais áreas de conhecimento são abrangidas pelo curso, e quanto maior a altura, maior o nível de aprofundamento nas áreas em que o curso aborda.

FIGURA 1 - Abrangência e aprofundamento dos cursos de Tecnologia
Elucidando um pouco mais - e ressaltando que não estamos comparando o conteúdo em específico entre cada um deles, e sim o nível de abrangência e de aprofundamento que cada um costuma ter - podemos ver que os cursos de Ciência da Computação e de Tecnologia da Informação são os mais abrangentes, com o diferencial de que o primeiro abrange mais áreas de conhecimento, enquanto o segundo é ligeiramente mais específico nos assuntos que aborda.
Os cursos de Engenharia de Software e de Análise de Sistemas são cursos "igualmente mais específicos", no entanto o primeiro aborda mais conhecimentos que o último. Enquanto Web Design - que ao meu ver atualmente já tem grande parte do seu conteúdo abordado em Análise de Sistemas - e Redes de Computadores - que  possui uma grade mais enxuta no entanto é tão específico quanto os anteriores - aparecem por último dentre os principais cursos.

Agora sim já comparando o conteúdo que estes cursos possuem em comum, viajei mais um pouco e ilustrei um comparativo entre eles na figura abaixo:

FIGURA 2 - Comparativo dos conteúdos abordados por cada um dos cursos

 Apesar do susto inicial, é simples de visualizar. Redes e Web Design são cursos que abordam tópicos mais exclusivos, mas que outra grande parte é abordada pelos demais cursos. Engenharia de Software aborda todos os tópicos de Análise de Sistemas; onde o conteúdo de ambos é grande parte do assunto abordado em TI. A diferença é que TI aborda assuntos mais voltados a gestão, governança e tecnologia em geral, e os dois anteriores são mais voltados a desenvolvimento de softwares. Por último, vemos a base formada pelo curso de Ciências da Computação.

 É simples concluir: quem deseja se especializar em alguma área de tecnologia mas ainda não definiu o quê, Ciências da Computação é o mais completo.
Quem está na mesma situação, mas procura um rápido retorno e precisa de um curso menos teórico, Tecnologia da Informação é a opção.
Quem já está decido a trabalhar com algo em específico, os outros cursos são as melhores opções:
Para o mercado de software, Análise de Sistemas é o mais rápido, no entanto Engenharia de Software aborda mais conceitos é dá ao profissional um título de maior status.
Além de conhecimentos em Redes, o curso de mesmo nome também dá melhor bagagem para quem quer trabalhar com infraestrutura e arquitetura de TI, no entanto estas áreas abrem portas também para os profissionais de outros cursos.
E quanto ao Web Design, sugiro entrarem em Análise de Sistemas e só então se especializar em front-end, como comentei na última postagem.

É isso. Façam sua escolha e entrem para um mercado que está em alta!!

sábado, 17 de março de 2012

Graduações em TI

Bom, essa é uma coletânea que vou dividir em diversas postagens e é para a galera que não atua mas tem interesse por tecnologia/informática, e também para aquele pessoal que enxerga os profissionais da área de tecnologia simplesmente como os caras que "mexem com computador". Tal afirmação não chega a ser uma inverdade, mas por se tratar de um mundo em grande parte abstrato/virtual – ou seja lá o termo que eu deveria utilizar - no fim das contas uma pessoa normal (afinal loucos somos nós) não consegue ter visibilidade alguma sobre o que desempenhamos e a gama de caminhos e especializações que podem ser obtidas numa carreira que envolva algo tão comum atualmente como "computadores".
E no fim das contas quando o cara se forma a família acha que ele vai trabalhar consertando computadores e instalando modems wireless por aí.

A seguir um breve descritivo e comparativo entre os cursos de graduação na área de TI:

Ciências da Computação - como o nome já sugere - é o mais teórico deles e abrange desde disciplinas do tipo História da Informática, Cálculo I, II, III,VIII, XX, até disciplinas mais técnicas como Inteligência Artificial e etc. Como já disse meu amigo Sergio Bittencourt, é uma extensa piscina de conhecimentos com um palmo de profundidade. A vantagem é que ele pode abrir portas para qualquer área da tecnologia.

Análise (e Desenvolvimento) de Sistemas (ou Sistemas de Informação) é um curso mais específico e prático que abrange disciplinas voltadas à criação (desenvolvimento) de sistemas, e seria no caso a pequena piscina de conhecimentos mas com grande profundidade nesse assunto. Esse é o curso que faço e indico para a galera que já está decidida a trabalhar especificamente com criação de software (lógica, código, diagramas e tabelas!).

Tecnologia da Informação, que em minha opinião é o mais versátil deles e o que eu deveria ter cursado, aborda conteúdos mais abrangentes da informática, como segurança da informação e governança, só que de maneira mais voltada para o mercado. Ou seja, não é tão específico como um de Análise de Sistemas, e também não tão teórico quanto o de Ciências da Computação.

O que talvez seja o de maior status, Engenharia de Software, abrange todos os conhecimentos de Análise de Sistemas, só que não foca apenas a prática. A teoria também é valorizada e o curso abrange disciplinas que focam na área de gestão e todas as outras que um curso de engenharia possui (Cálculos mil, Gestão de Projetos e etc).

Tem também o Web Design. Que a meu ver está sendo mesclado por não ser mais o simples aprendizado de ferramentas de desenhos/efeitos, mas sim desenvolvimento de código. Justamente o que já é ensinado em Análise de Sistemas, só que agora em duas categorias: enquanto este já desenvolvia o back-end (código que processa as informações e dá lógica a um sistema), aquele(Web Design) passou a fazer parte deste(Análise de Sistemas) também com desenvolvimento, só que do front-end (código que faz a interface com o usuário ser mais amigável).
Ou seja, o back-end faz com que sua linha do tempo no facebook veja informações apenas de quem é seu amigo (o que é o coerente), e o front-end faz com que sua linha do tempo no facebook vá atualizando automaticamente, bonitinha, com efeitos agradáveis (o que é atraente e melhora a experiência de uso).

Há quem confunda Web Design com Design Gráfico. Mas como o próprio nome já diz, o primeiro visa a implementação para a web, e o último abrange desde atividades normais de desenho (para revistas, jornais, ou mesmo portais na internet) até a criação de novos produtos/conceitos. O comum entre os dois é que ambos partem da computação gráfica (o que já puxa uma série de outros cursos como Desenvolvimento de Jogos, Animações para Cinema e TV, e etc).

E por último, um que não pode ser esquecido é o curso de Redes de Computadores. Não é tão comum por abordar muitos conceitos de Telecom (não que isso não se relacione com tecnologia...). Mas o que vejo mais são profissionais já formados em Telecom ou Tecnologia fazerem uma especialização e aí assim passarem a atuar com Redes. Na verdade todos os cursos acima possuem disciplinas sobre Redes, mas a fração dos profissionais que saem destes outros cursos de tecnologia para atuar direto com redes é menor. Não preciso dizer que o foco do aprendizado é a infraestrutura de redes de computadores e a comunicação entre LANs/VLANs.

No final das contas não há muita diferença para as empresas na hora de contratar um profissional de um curso ou de outro. Com um diferencial, é claro, para Engenharia de Software pelo simples fato de conceder o título de engenheiro.
No entanto, as especialidades são tantas e as mudanças são tão rápidas, que é comum que exista um gap entre universidades e mercado de trabalho. Consequentemente, o que vai contar mesmo é o perfil e o interesse do profissional, e não qual curso de tecnologia ele fez. Mas a realidade é que todas essas áreas formam uma base semelhante, onde os diferenciais que surgem dependem da própria vontade do aluno em se atualizar, independente do curso. As oportunidades são muitas, em todas as áreas da tecnologia.
 
Falados os cursos, volto depois para falar sobre os cargos de tecnologia e suas atividades!
Discordem, corrijam, acrescentem, comentem!

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Um faminto no Subway

Um faminto leva mamãe pra conhecer o Subway, no Méier...

- BOA NOITE, NÃO ESTAMOS ACEITANDO CARTÕES!
Penso: Logo quando ia usar o ticket! Saio da fila, saco o dinheiro e volto com a fila 2 vezes maior com o fim do Bota x Fla:
- da pra ligar o ar, pelo menos?
- está com defeito senhor!
- não tem ar, não tem cartão... tem sanduíche??
- depende! qual o senhor vai querer?
- frango com cream cheese.
- tem sim. qual pão?
- ufa, pelo menos isso! três queijos de 30cm.
- não temos três queijos, senhor!
- parmesão com orégano ¬¬
Atendente pega um pão de parmesão com orégano minúsculo, com metade do volume dos pães normais e prepara o sanduíche:
- ESQUENTA?????
- esquenta.
- o forno está com defeito, senhor. pode ser frio?
- está escrito no visor do forno "ambient overheat", deve ser pq o ar está desligado.
- mas o ar está com defeito, senhor.
Gabriel observa a atedente deixar o sanduíche cair no chão e iniciar uma discussão com uma colega de trabalho.
- da pra vocês pararem de discutir de quem é a culpa e fazer outro pq já estou aqui há 20 minutos?
- você quer que eu faça outro, senhor?
- óbvio, ou vai querer que eu coma esse embaixo do seu pé?
- ok senhor. qual o pão?

(2 minutos depois)

- cara, o gerente ta aí?
- sim. BREEEEENO!! CLIENTE TÁ CHAMANDO!!
- Fala Breno, blz? Po cara... tem que por um ar aí. Olha esse calor. Pessoal ta pingando de suor ali atrás desse balcão. O forno não funciona, não aceita cartão, não tem pão, os que têm estão pequenos...
- Poxa meu amigo, você está certo... cheguei aqui tem três dias, e...
- SENHOR, QUAL MOLHO??
- parmesão, azeite, vinagre e sal.
- não temos vinagre!!!
- Olha aí Breno, não tem nem vinagre!!!
- Pois é meu amigo, amanhã nosso fornecimento vai estar regularizado.
- SENHOR, ALGUMA BEBIDA???
- refrigerante de 700 por favor.
- não temos copo de 700!!!! pode ser de 500 senhor??
- Pode. Po, Breno! Mais essa, kra?!
- é que...
- SENHOR. FORMA DE PAGAMENTO???
- ué, mas não está só aceitando dinheiro??
- Pode ser no Sodexo também.
- Mas você não falou no início que não aceitava cartões!!
- Apenas os de débito e crédito. Sodexo aceita, senhor.