quarta-feira, 27 de junho de 2012

Microsoft Surface é promessa, mesmo travando já na apresentação de lançamento

Podem falar o que for do Bill Gates e da empresa que fundou. É indiscutível o sucesso dos produtos da Microsoft. Um sistema operacional líder de longe há mais de uma década, os aplicativos de escritório que, por mais perfeitos que pareçam, sempre surpreendem a cada nova versão lançada, com novas funcionalidades e um show de usabilidade. Um vídeo game que desbancou Sega e Nintendo - quiçá Sony - num piscar de olhos, afinal hardware sempre foi com ela mesma: mouses, teclados e webcams imbatíveis.
E para aumentar essa família, chegou o Surface, o mais novo concorrente do iPad.

Microsoft Surface - fonte: microsoft.com/surface


Ok, tudo bem, tudo bem, nem tudo são rosas. Depois de tanto elogio não posso esquecer o calcanhar de aquiles da empresa de Redmond: seu navegador de internet. Mesmo vindo de bandeja para os bilhões de usuários do Windows, o Internet Explorer não resistiu ao carisma e à leveza de Firefox e Google Chrome.

E foi justamente esse calcanhar de aquiles que não deixou com que a apresentação de lançamento do Surface fosse perfeita. Já de cara, em menos de 3 minutos de palco, na primeira demonstração feita por Steven Sinofsky, o tablet trava ao abrir o Internet Explorer. Steven tenta disfarçar mas o tablet para de responder, e ele é obrigado a pegar um reserva para poder dar continuidade na apresentação. Que início frustrante. O navegador não seria mais acionado nos demais 45 minutos de apresentação.

Passado o imprevisto, a apresentação seguiu focando na usabilidade – e nisso a Microsoft é mestre. Mesmo com o misterioso Windows 8 despertando o interesse de todos, apenas alguns detalhes sobre o novo sistema operacional foram apresentados, fazendo com que o público mantivesse o foco no tablet, que, mesmo sem confirmações, está previsto para ser lançado no próximo semestre em duas versões: Surface RT e Surface Pro, ambos revertidos de magnésio, consequentemente muito leves e resistentes.

Dentre outros pontos altos, estão o Kickstand, suporte físico que já vem integrado ao tablet, e a caneta de alta precisão que permite o usuário fazer anotações, reconhecendo automaticamente o que deve e o que não deve ser considerado quando a mão encosta na tela, evitando que funcionalidades indesejadas sejam acionadas enquanto o usuário escreve.

Executivo da Microsoft apresenta caneta de alta precisão para Surface

Outro destaque foi o Touch Cover, o qual possui várias cores, conecta-se magneticamente ao tablet e inicialmente parece ter a simples função de proteger o tablet enquanto não está em uso. Mas a principal surpresa da apresentação está nele. Seu interior é um teclado QWERTY touch – como os de notebooks - permitindo uma melhor experiência de digitação em relação à tela, para tarefas mais maçantes. E, mesmo após o sábio marketing de Steve Jobs afirmando que um tablet com teclado físico era algo ultrapassado, temos de concordar que digitar longos textos na tela de vidro não é tão confortável assim – pelo menos não pra mim!

Surface - Touch Cover - fonte: microsoft.com/surface

Fisicamente, além de possuir entrada USB, o tablet é um pouco maior que o iPad - mas nada que atrapalhe: 10,2 polegadas cok 9,3 milímetros de espessura para o RT e 13,5 para o Pro.

O objetivo da Microsoft já está mais do que claro: aproveitar o sucesso do Windows nos PCs e transformá-lo num sistema multiplataforma, para tentar desbancar Samsung (Galaxy) e Apple (iPad), e de quebra fazer frente ao Android (Google) e ao iOS (Apple), antes que estes acabem tomando espaço do Windows no PC.

E a Microsoft não está sozinha na luta para desbancar a Apple e seu iPad. Em breve o Google deve anunciar o Nexus 7, mais um tablet que já vem gerando grande expectativa. Aguardemos!

E você? Por quanto tempo acha que irá sobreviver sem um tablet?
Ou se já tem, qual desses em sua opinião dominará o mercado nos próximos anos?

domingo, 24 de junho de 2012

Você sabe qual o papel de um vereador?

Depois de muito tempo sem atualizar aqui, dou uma pausa nos cargos de TI e reforço a forte característica de variedades do blog, estreiando um novo pilar sobre política. Preparei esse primeiro artigo com base em leituras que fiz recentemente, e pretendo iniciar mais essa série que visa passar uma visão geral também sobre os principais cargos políticos, a começar pelo vereador.
Não sou especialista, e por isso mesmo convido a todos para comentar e agregar sobre esse assunto que deveria vir do nosso ensino básico desde cedo!


Eleição: O vereador pode ser reeleito ilimitadamente, de 4 em 4 anos.

O que faz um vereador? 
O vereador tem o papel de elaborar e defender propostas em prol do município e aprovar projetos de leis (função do poder legislativo), que posteriormente podem ou não ser sancionadas pelo prefeito (poder executivo). Compõe comissões, sendo elas Permanentes ou Temporárias, para discutir questões de interesse do município.


Tem o dever de ser independente ao executivo, ou seja, obrigação de fiscalizar o prefeito. Possui também o papel de fazer a intermediação entre população e o governo, recebendo os eleitores em seus gabinetes, ouvindo reivindicações, críticas e sugestões.


Quantos vereadores o Brasil possui?
O Brasil possui em torno de 59000 vereadores. O número de vereadores por município varia de acordo com o número de habitantes do mesmo. Um pequeno município pode possuir em torno de 10 vereadores. Enquanto o Rio, por exemplo, possui 51.


Quanto ganha um vereador?
Um vereador recebe um percentual em cima dos subsídios destinados aos deputados estaduais, que varia de acordo com a quantidade de habitantes do município. Em grandes municípios, um vereador pode ganhar em torno de 70% do que ganha um deputado estadual. Nesse caso, um valor aproximado de R$14000,00, sem contar benefícios.

Como o município gera receita$?
As principais fontes de receitas do município são o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e o ISS (Imposto Sobre Serviços). O primeiro é cobrado de proprietários de imóveis, e o valor varia conforme a localização e o tamanho do imóvel.  No Rio, um apartamento padrão, localizado em uma região de classe média, possui um valor mensal em torno de R$ 15,00.
Quanto ao ISS, é pago por qualquer empresa que preste serviço à sociedade, como dentistas e advogados, por exemplo.
Parte do IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores) também é destinado ao município o qual o veículo está registrado. A outra parte vai para o estado.

Como um vereador pode se tornar corrupto?
Já que possui influência direta sobre o orçamento do município, com o dever de aprovar projetos e fiscalizar o prefeito, um vereador pode aprovar projetos em benefício próprio, ou em benefício de empresas que, além de financiar suas campanhas, podem lhes repassar dinheiro público.
Ilustrando, é praticar negociata com uma empresa de segurança para apoiar um evento como o Carnaval, por exemplo: a empresa, em acordo com o político, ao invés de cobrar R$70.000,00, cobra R$80.000,00. A prefeitura burla a licitação, e o valor superfaturado de R$10.000,00 volta para as mãos dos envolvidos no esquema, para uso pessoal.

Onde encontrá-los?
Na Câmara Municipal. A do Rio é localizada na Praça Floriano, na Cinelândia.


Leia mais! Fontes:

No próximo artigo dessa série, será passada uma visão gerado sobre o Deputado Estadual. Por enquanto, deixe seus comentários!

sexta-feira, 1 de junho de 2012

A distância entre o Samba e o Pagode

Não, não vou falar de aspectos técnicos, como fazem os especialistas – ou metidos a especialistas – da música, e dizer que em um tem esse som e no outro tem aquele instrumento. E que nesse o tom de voz é assim e que naquele outro o ritmo é diferente. O que vou falar é do resultado, da consequência, do impacto, do significado(!) que cada um tem pra mim - e pra mais alguns.

A diferença entre o pagode e o samba é simples de se notar. Tá no olhar de quem ouve.

O pagode é chorado, sentido, e nos seus shows as moças levantam as mãos para o alto e começam a cantar, pensando em alguma pessoa de algum lugar do planeta, enquanto as lágrimas começam a rolar.
O samba é a alegria, é extravasado, e nos seus shows o sorriso é mandatório e contagiante. As moças dançam mais rápido, mais contentes e suas letras falam das coisas boas e dos fatos engraçados da vida! Ou nem me arrisco a comparar letras. O samba também pode falar de amor, de emoção, mas sua ginga é empolgante, é alegre, é irônica, sem desabafo, sem queixa, sem dor! O surdo ecoa mais rápido, seja nas torcidas organizadas, nas feijoadas de escolas de samba, seja nos sambódromos, nos shows da Beth Carvalho ou do Zeca - ironicamente - Pagodinho. E assim como o Botafogo deles, o samba não é moda. O samba é cultura. É tradição. Não precisa ser o mais pedido ou o mais popular.

Lugar de Samba
Pedra do Sal - Fonte: Rio com Ela - www.riocomela.com.br

Tá. Não sou nenhum sambista e muito menos um conhecedor da música brasileira. Mas já dizia Dorival Caymmi: Quem não gosta de samba bom sujeito não é. É ruim da cabeça ou doente do pé.