Podem falar o que for do Bill Gates e da empresa que fundou.
É indiscutível o sucesso dos produtos da Microsoft. Um sistema operacional
líder de longe há mais de uma década, os aplicativos de escritório que, por
mais perfeitos que pareçam, sempre surpreendem a cada nova versão lançada, com
novas funcionalidades e um show de usabilidade. Um vídeo game que desbancou
Sega e Nintendo - quiçá Sony - num piscar de olhos, afinal hardware sempre foi
com ela mesma: mouses, teclados e webcams imbatíveis.
E para aumentar essa
família, chegou o Surface, o mais novo concorrente do iPad.
Microsoft Surface - fonte: microsoft.com/surface |
Ok, tudo bem, tudo bem, nem tudo são rosas. Depois de tanto
elogio não posso esquecer o calcanhar de aquiles da empresa de Redmond: seu
navegador de internet. Mesmo vindo de bandeja para os bilhões de usuários do
Windows, o Internet Explorer não resistiu ao carisma e à leveza de Firefox e
Google Chrome.
E foi justamente esse calcanhar de aquiles que não deixou
com que a apresentação de lançamento do Surface fosse perfeita. Já de cara, em menos de 3
minutos de palco, na primeira demonstração feita por Steven Sinofsky, o tablet
trava ao abrir o Internet Explorer. Steven tenta disfarçar mas o tablet para de
responder, e ele é obrigado a pegar um reserva para poder dar continuidade na
apresentação. Que início frustrante. O navegador não seria mais acionado nos demais
45 minutos de apresentação.
Passado o imprevisto, a apresentação seguiu focando na usabilidade – e nisso a Microsoft é mestre. Mesmo com o misterioso Windows 8 despertando o interesse de todos, apenas alguns detalhes sobre o novo sistema operacional foram apresentados, fazendo com que o público mantivesse o foco no tablet, que, mesmo sem confirmações, está previsto para ser lançado no próximo semestre em duas versões: Surface RT e Surface Pro, ambos revertidos de magnésio, consequentemente muito leves e resistentes.
Dentre outros pontos altos, estão o Kickstand, suporte físico que já vem integrado ao tablet, e a caneta de alta precisão que permite o usuário fazer anotações, reconhecendo automaticamente o que deve e o que não deve ser considerado quando a mão encosta na tela, evitando que funcionalidades indesejadas sejam acionadas enquanto o usuário escreve.
Executivo da Microsoft apresenta caneta de alta precisão para Surface |
Outro destaque foi o Touch Cover, o qual possui várias cores, conecta-se magneticamente ao tablet e inicialmente parece ter a simples função de proteger o tablet enquanto não está em uso. Mas a principal surpresa da apresentação está nele. Seu interior é um teclado QWERTY touch – como os de notebooks - permitindo uma melhor experiência de digitação em relação à tela, para tarefas mais maçantes. E, mesmo após o sábio marketing de Steve Jobs afirmando que um tablet com teclado físico era algo ultrapassado, temos de concordar que digitar longos textos na tela de vidro não é tão confortável assim – pelo menos não pra mim!
Surface - Touch Cover - fonte: microsoft.com/surface |
Fisicamente, além de possuir entrada USB, o tablet é um pouco maior que o iPad - mas nada que atrapalhe: 10,2 polegadas cok 9,3 milímetros de espessura para o RT e 13,5 para o Pro.
O objetivo da Microsoft já está mais do que claro:
aproveitar o sucesso do Windows nos PCs e transformá-lo num sistema
multiplataforma, para tentar desbancar Samsung (Galaxy) e Apple (iPad), e de
quebra fazer frente ao Android (Google) e ao iOS (Apple), antes que estes
acabem tomando espaço do Windows no PC.
E a Microsoft não está sozinha na luta para desbancar a Apple e seu iPad. Em breve o Google deve anunciar o Nexus 7, mais um tablet que já vem gerando grande expectativa. Aguardemos!
E você? Por quanto tempo acha que irá sobreviver sem um tablet?
Ou se já tem, qual desses em sua opinião dominará o mercado
nos próximos anos?
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